Iniciada construção da ligação do concelho à A24

Depois de ter honras de Estado na abertura do concurso, Sabrosa repetiu a façanha no dia em que lançou a primeira pedra da variante da Estrada Nacional 322, que liga São Martinho de Anta à Auto-estrada 24, em Vila Real. Em Julho do ano passado, o Ministro das obras Públicas, Mário Lino, e o primeiro-ministro, José Sócrates, estiveram presentes no município e anunciaram a construção. No passado domingo, dia 24, foi a vez do secretário de Estado adjunto das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, que representou o Governo na formalização do início da obra. Se em 2008, José Sócrates falava de “uma questão de justiça” sobre esta ligação de Sabrosa à rede de auto-estradas, o presidente da câmara de Sabrosa, José Marques, falava em “investimento estratégico”. Dez meses depois, José Marques diz-se mais perto do objectivo. “Foi a prioridade deste executivo, desde o primeiro momento, e todas as obras estão dependentes desta. Tudo estaria em causa sem a construção desta estrada. Dela depende o desenho e a dinâmica que estamos a criar no território.” Distanciada, actualmente, por 16 quilómetros, em sinuoso traçado, da capital de distrito, a vila de Sabrosa tem-se defrontado com a interioridade devido às dificuldades viárias. Com a nova via de 6,8 quilómetros, orçada em 12,4 milhões de euros, o concelho terá as suas viagens, que “atingiam os 30 minutos em dias de muito trânsito”, reduzidas para apenas 6, revelou José Marques. Para o secretário adjunto das obras públicas, Sabrosa é um exemplo de desenvolvimento, mas precisava de ver desencravada no aspecto da acessibilidade. “Apesar de estar próximo de Vila Real estava ainda longe em termos de tempo a percorrer e esta estrada vai resolver esse problema.” Os trabalhos estarão concluídos em Dezembro do próximo ano e Sabrosa estará então “aberta ao mundo”. “Esta promessa cumprida por parte do Governo vai criar condições para pormos em prática todos os nossos planos. Maior atractividade do território em todos os domínios e melhorias das acessibilidades e condições é fundamental para implementarmos o turismo e captarmos investimento empresarial”, sublinhou José Marques. Repetindo o exemplo do dia da concessão, em que foi visitada pelo chefe de Governo, a população voltou a comparecer em força no recinto da cerimónia. Na opinião de José Marques, é o sentimento de necessidade e alguma ansiedade por ver criado movimento económico com o início dos trabalhos. Esta aposta está ganha e, por isso, o autarca de Sabrosa já só pensa nos seguintes desafios para desenvolver o município. “Outras grandes oportunidades”, foi a forma escolhida por José Marques para definir o que poderá resultar deste investimento governamental. “Com a conclusão desta estrada teremos de ter o alargamento da zona industrial também implementado. Neste momento, já temos financiamento e já estamos a desenvolver o alargamento.” José Marques referiu também que apenas com este rápido e funcional acesso entre o município e o concelho de Sabrosa está garantido o sucesso do futuro Espaço Miguel Torga. O museu, localizado em São Martinho de Anta, é dedicado ao escritor e estará concluído durante o próximo ano. “Será um referencial em termos culturais mas, sem esta estrada, não conseguiria implementar o seu programa condignamente”, concluiu José Marques.  Fonte: in Mensageiro Notícias; 28-05-2009